quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Música e SENTIMENTO... SENTIMENTO e música

Como músico, e apreciador de boa música, às vezes me pego pensando como é possível, pessoas com talentos maravilhosos, dons de Deus, não saberem explorar seus próprios potenciais. Vemos hoje como é fácil um artista, músico, compositor expor seu trabalho de maneira praticamente gratuita. Por menor que seja a cidade, podemos encontrar estúdios de fundo de quintal, que muitas vezes tem mais recursos que grandes estúdios dos grandes centros, e o principal: Pessoas que amam o que fazem! Técnicos apaixonados por aparelhagem, softwares, equipamentos, pela “lida” mesmo.
Gravar uma música, ou fazer um vídeo-clipe... Coisas banais, que qualquer criança consegue fazer em modernos computadores com preços super acessíveis, e programas que em sua maioria são gratuitos, e os que não são facilmente são “craqueados”.
Enfim, nos dias de hoje, se você resolver se tornar um músico, os caminhos são os mais variados possíveis, mas todos de muito fácil acesso.

Mas, em meio a tanta facilidade, surge um dilema: “O que fazer? Qual estilo? E no caso dos mais “capitalistas” o agrada mais “a massa”? O que vai vender mais? Quem imitar... e por aí vai.
E nessa onda de modernidade, o que abriu muitas portas por um lado, fechou uma grande porta por outro. A do sentimento.
Música não é apenas entretenimento, não se resume a um rosto, um corpo, ou uma voz bonita em cima de um palco... Não se resume a números de vendas, grandes cifras, dinheiro, status, fama e reconhecimento.
Música que vai além das barreiras estabelecidas pelo mercado musical... Música que encanta, leva a reflexão, muda vidas, trás esperança, trás amor, paz e lágrimas, atitude. – UMA MENSAGEM.
A música, que além da melodia trás letras que mechem como o nossos mais profundos sentimentos. E quando falamos nessas coisas, me vem à mente cantores, e músicos que tratam tudo de forma tão “artificial” que matam a arte. E no caso das canções ditas espirituais, “cauterizam” um momento de louvor e adoração na música.

É muito difícil escrever sobre isso... Seria mais fácil mostrar... Como expressar o que estou sentindo nesse momento? Como transmitir o sentimento desse momento, onde digito essas palavras? E essa deve ser a mesma preocupação de quem procura fazer ARTE!
Quando um cantor canta com a alma, ele expressa isso através de seu corpo! Através de gestos, expressões, lágrimas, alegria, dor... E quando ele faz isso o Espírito de Deus através dessa pessoa consegue tocar as pessoas de uma maneira singular... Talvez nem seja essa a função dos cantores modernos dentro das igrejas... Mas quando ele se despe de seu ego, de suas máscaras, e se mostra “nu” para a platéia algo “mágico” acontece, e a arte flui de maneira a impactar a vida dos espectadores, que passam a ser mais que expectadores, e sim participantes desse momento único. Essa interação, esse momento contagiante, onde a arte transcende o papel para o qual ela realmente se destina.
Mas o que falar do sentimento na música? Falar do sentimento na música nos leva a passear por vários estilos. Da música contemplativa ambiente, etérea - da energia da música clássica, passando pelo folk, rock e pop até as mais extremas vertentes do metal. Sentimentos dos mais variados, nas mais variadas canções...
Uma canção romântica pode transmitir o amor, a decepção – frustração ou alegria de quem a está cantando, um cantor de rock pode transmitir a atitude, raiva ou protesto impressos em suas letras, um maestro e seus músicos podem emocionar a platéia com músicas escritas à décadas, e até a centenas de anos... Uma voz bem empossada e com sentimento consegue preencher o espaço sonoro de tal forma que nem a maior banda do mundo, com os melhores músicos e instrumentos conseguiria se não tivesse esse elemento tão importante: O SENTIMENTO.
Aos músicos... Seja lá o que for tocar ou cantar, faça com sentimento. Faça com emoção. Feche seus olhos, exprima o sentimento dentro de você. Seja amor, ódio, melancolia, louvor, protesto... Faça mais do que uma apresentação. Haja como se estivesse no palco pela última vez, dê o melhor de si. Não se preocupe com as vendas, nem com os resultados... Se o que você está tentando fazer é arte, muitas vezes ela pode te levar em direção contrária ao sucesso.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O BOM PASTOR, O MAU PASTOR...



“Como em muitas outras religiões, há uma tendência universal na religião cristã de dar uma interpretação teológica a instituições que gradualmente se desenvolvem num período de tempo por causa de sua utilidade prática, em seguida aplicam essa interpretação a períodos anteriores e associam a origem destas instituições a uma era na qual jamais teriam qualquer significado”. Richard Hanson

A figura central do cristianismo protestante hoje com certeza recebe um título: O Pastor. Isso pode parecer estranho a primeiro momento, mas ao analisarmos profundamente a história do cristianismo, do protestantismo, e a igreja protestante (evangélica) atual nos deparemos com algo que talvez até agora tenha passado despercebido aos nossos olhos.

Teologicamente falando e apoiado pela própria bíblia sagrada, é interessante observar que a palavra pastor (no sentido ao qual nos referimos) só aparece uma vez em todo o NT: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” Ef 4.11 (ACF)

Devemos ressaltar também que junto da palavra “Pastores” (no plural – indiferente do trabalho executado por “eles”, o termo é usado no plural, e não no singular “pastor único”) aparecem outras funções (apóstolos, profetas, evangelistas e doutores) – e que juntos formariam o “time” que conduziria o ministério. Então de maneira alguma, o Pastor era o “chefe” da igreja. Na igreja primitiva, não existia o cargo pastor, como o conhecemos nos dias de hoje.

A palavra pastores vem do grego “poimen”. Pastor é a palavra latina que designa “aquele que pastoreia”. Dessa forma devemos entender que pastor é uma “expressão” que expressa uma função específica na igreja, e não uma profissão, ou cargo. Pois uma pessoa que tenha esse título, mas não o exerça conforme o exposto acima, não pode de forma alguma se dizer pastor!
Ser pastor é mais que exercer um simples ofício...
Hoje vemos uma enxurrada de pessoas que se denominam “pastores”, bispos, apóstolos, e sabe se lá o que mais, mas não passam de ladrões, corruptos e aproveitadores! Manipuladores que dispersam e destroem as ovelhas do pasto do Senhor (Jr 23.1).
Tele-pastores cujo objetivo maior para seu “trabalho” deriva de seus egos super inflamados, e sedentos por tirar mais e mais das pessoas que, por desconhecerem da palavra de Deus, se entregam semelhantemente ao gado no corredor do matadouro. Mas ai desses pastores! (Jr 23.2,3) o grande Pastor (Hb 13.20) há de julgá-los!
Sem falar na compilação de heresias, e misticismo que a maioria deles agrega a seus ministérios, fazendo da igreja de cristo na maioria das vezes apenas um comércio de bênçãos, e trocas de favores...

Felizmente, vemos ainda, em meio a esse cenário de grande devassidão, homens piedosos que exercem seu chamado de maneira a glorificar a Deus pelo título que tem recebido, e muitas vezes nem tem mesmo o título (que é o que menos importa). Homens que tem lutado, se doado, e muitas vezes se sacrificado para cuidar das ovelhas as quais lhes foram confiadas. Homens que entenderam a importância de verdadeiramente amar suas ovelhas.

Aos maus pastores, um conselho: Revejam seus valores, reflitam suas atitudes, e voltem seus corações para o objetivo primaz da obra que na verdade nem nossa é, e sim de Cristo: Amem. Cuidem. Vivam a dor de suas ovelhas, sejam generosos, complacentes e misericordiosos, cuidem das pessoas... AMEM AS PESSOAS! Deixem de lado a sua soberba, ganância e egocentrismo que lhes tirou do caminho que jamais deveriam ter saído (Se é que algum dia esse caminho foi trilhado por vocês!).
Convertão suas vidas na misericórdia de Cristo, que é um dos alimentos que nos motivam a continuar nossa jornada rumo aos pés da cruz, que com certeza é o lugar de mais alto patamar que um pastor pode chegar.

Que a Força (do grande Senhor dos exércitos) esteja com vocês!

Anderson Corrêa
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

O que siginifica a loucura a qual Paulo se referia?



Mensagem ministrada domingo, dia 28.08.11 – Culto especial de Missões


UM PEQUENO ESTUDO SOBRE A CRUZ

“Senhor, não estamos aqui para vender um produto, ou para enganar alguém, mas sim para ministrarmos a Tua palavra, para que todos conheçam a Tua vontade, e tenham coragem para executá-la, e principalmente VIVÊ-LA, Amém”.

 “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. Salmos 119.105”

Há certo ditado, que diz que missionários e teólogos não se dão muito bem... Mas na verdade um bom missionário também tem de ser um bom teólogo, exímio na palavra de Deus.
Paulo, o maior missionário que já existiu, era também teólogo e profundo conhecedor da palavra de Deus.
Segunda uma pesquisa, feita a algum tempo atrás, 98% da população brasileira diz acreditar em Deus, mas se perguntássemos quantos tem por hábito ler a palavra d’Ele, (a bíblia sagrada) creio que apenas 2% responderia de forma positiva.

“É através da palavra de Deus, que o Senhor edifica sua igreja!”

Segundo outra pesquisa, nos EUA, o que mais faz a obra (ou a igreja) crescer, de forma saudável é óbvio é o método “tradicional” de ser igreja congregacional, ou seja através dos seguintes métodos:

- PREGAÇÃO BÍBLICA;
- ORAÇÃO;
- TESTEMUNHO;
- MISSÕES E
- ESTUDO BÍBLICO (EBD, E SEUS CONGÊNERES).

E, os últimos dias estão chegando... E entendendo isso, desde o princípio de seu ministério, o Apóstolo Paulo, se deparou com situações onde pregar a “cruz” parecia “loucura”...

Texto Base: 1 Co 1.18-29 e 30,31

“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;
Para que nenhuma carne se glorie perante ele.

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.”

O texto acima, normalmente é interpretado de uma forma que não condiz realmente com a mensagem que o texto procura passar! Vejamos:

- Nem os Judeus, nem os gentios (no caso – os gregos) podiam aceitar de forma natural a posição messiânica de Cristo, muito menos sua Cruz.
- Todo bom judeu fundamentado em seu intenso estudo das escrituras, sabia que um homem crucificado, era um homem que havia se rebelado, ou era um escravo, portanto, não podia o tão aguardado messias, ser tal homem que fora crucificado: “Um libertador preso a uma cruz?” Segundo os tradicionais ensinamentos, esse era um homem “amaldiçoado” (Dt 21.23).
- Por outro lado os gentios (gregos) com todo seu estudo, e conhecimentos em filosofia não podiam aceitar que um Deus em toda sua grandeza, e com todos os seus “poderes”, dons e conhecimentos poderia se tornar homem, quiçá ser crucificado, isso era uma loucura inaceitável.

Judeus e gregos não aceitavam a cruz.

Já para nós, e para os que assim como nós entenderam o significado da “cruz”, tomar a cruz se tornou uma característica do discípulo. Tornou-se para nós motivo de orgulho dizer que aceitamos nossa cruz... O que foi uma vergonha para eles, para nós se tornou a essência de nossa fé.

Um recado para todos... Não faça a obra que Deus pôs em suas mãos com desleixo! Deus te deu um ministério! E esse ministério custou MUITO CARO! E talvez você esteja se perguntando: “Qual ministério?” – e a resposta é o ministério de falar do seu testemunho para os outros! Falar das maravilhas que Deus fez em sua vida, para que através desse testemunho, muitos venham se render também a Ele.

“Que a palavra de Cristo habite ricamente em vós... “ Cl 3.16


Anderson Corrêa
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Referências:
- Bíblia sagrada – Bíblia de Estudos das profecias – ARA – Editora Atos – 2001
- Bíblia sagrada – Bíblia de Estudos de Genebra – ARA – Editora Cultura Cristã – 1999
- Manual bíblico Vida Nova – Editora Vida Nova – 1ª Edição - 2001

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vida e Morte, tempestade e calmaria.


A vida se assemelha a uma tempestade. Mas quando a tempestade cessa, e vem a calmaria, tudo fica digamos “estranho demais”.
O mesmo acontece com a morte. De longe viver é fácil, muitas vezes e pra muitas pessoas a vida se torna mesmo algo insuportável. Outras não conseguem esperar pelo “final da tempestade”, e decidem “desistir” no meio do caminho.
Deixando para trás cacos de si mesmas, restos, e manchas difíceis, de ser apagadas. Difíceis de ser limpas; pelos que ficam é lógico.
E talvez esse seja o sonho de cada ser humano: apagar as manchas deixadas pela tempestade que é a vida. Os erros, falhas, decepções, crises, perdas... Tudo isso causa manchas na vida de cada uma das pessoas que figuram essa tempestade chamada existência. E quase ninguém sabe como fazer essa limpeza.
Mas a existência pode ser encarada de outra forma: Uma tempestade é um fenômeno da natureza, que mais cedo ou mais tarde vai cessar. Assim somos, nós: nossos medos, alegrias e tristezas. A espera de momentos apropriados para voltar a navegar, e velejar na calmaria que,  mesmo que superficialmente nos pareça apropriada, mais cedo ou mais tarde vai se revelar como “estranha demais”.
E quem foi que disse que devemos esperar a tempestade passar para navegar? A vida é essa tempestade! Devemos navegar mesmo em meio a trovoadas, relâmpagos e altas ondas... Aproveitar o momento, a emoção de estar vivo em meio a uma tempestade.
Um dia, a morte virá e de certo que existe algo mais que isso que conhecemos como vida. Existe vida eterna. Então esse momento que estamos vivendo, deve ser vivido intensamente e sem medo. Devemos respeitar a tempestade, mas não devemos temê-la.


Anderson Corrêa
28.06.11

terça-feira, 14 de junho de 2011

já faz alguns anos...

               Nunca fui fã do Renato Russo, muito menos do Legião; mas tenho de reconhecer que a melancolia, a frustração, e o cotidiano de algumas de suas músicas me agradávam. Hoje em dia as coisas mudaram: Você pode fazer sucesso agredindo os fãns, falar besteira em platéias lotadas, se drogar, e pra falar a verdade... quanto mais o artista se auto-destruir, mais atenção ele conseguirá. Talvez essa rebeldia sem causa, essa violência sem valor, instigue os mais obscuros sentimentos humanos, e por isso a grande massa aplauda incontidamente na ânsia de talvez estar naquele lugar.
               Mas, falando do vídeo em epígrafe: Creio que todos nós tenhamos um pouco dessa história em nossas vidas. E deixando a melodia de lado, a letra é muito coesa com a vida de milhares de jovens ainda nos dias de hoje. Uma juventude tão sem rumo quanto a de duas décadas atrás. Ainda falta para a maioria dos pais, pensar no futuro quando educam seus filhos... e não somente na vida financeira, também na vida sentimental, sexual, intelectual, social.
               Os tempos mudaram. Hoje não temos mais a inocência de tantos anos atrás. Hoje as drogas estão mais acessíveis, a informação e o conhecimento estão mais acessíveis. A prostituição, a pornografia e outros desvios sociais, estão dormindo do lado de nossas camas.
               Sabemos que na maioria das vezes o "cult" não é o ideal. Não é o ideal de se viver, de se sonhar, de se desejar... Por isso devemos abrir nossos olhos, enxergar a Verdade como ela merece ser vista, e correr atrás de coisas Eternas, não de coisas passageiras.
                Ah, sim. O vídeo. O vídeo é legal.